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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Mistérios da humanidade

Floresta-1927

Floresta-1953

Kulik


Floresta-1990




Epicentro-1990




A GRANDE EXPLOSÃO SIBERIANA

Por Rodolfo Heltai

No dia 30 de Junho de 1908, por volta das 7:15h ocorreu uma violenta explosão em Vanavara, próxima do distrito de Jenissei, na Sibéria, entre os rios Tunguska e Lena. Esta explosão foi sentida a 900 quilómetros de distância, onde um maquinista parou o comboio pensando que a caldeira do mesmo tivesse explodido. Naquele momento podia-se ver dois sóis brilhando intensamente. O céu brilhou de uma forma estranha e fantasmagórica. Um calor sufocante, parecia que as pessoas estavam sendo consumidas em chamas.(efeito micro-ondas?) As casas da região simplesmente se volatilizaram, os rios secaram, as fazendas, o gado, homens, foram todos arrastados. Depois restou uma paisagem de pós guerra , só destruição.
Após o terrível "furacão" as florestas foram varridas, árvores derrubadas e algumas carcaças de gado jaziam entre os restos de vegetação arrancados do solo. Não havia sinal de vida.
O Expresso Tran-siberiano que passa a 750 Km de distância, foi rapidamente atingido pelo deslocamento do ar , teve janelas estilhaçadas, cortinas atiradas longe, acabando por descarrilar.O abalo sísmico foi sentido propagando-se até as fronteiras da Sibéria e da Rússia, sendo registado pelos sismógrafos dos observatórios ingleses a mais de 8000 km. A onda de choque circulou a terra duas vezes.
O observatório astronómico da Sibéria a poucos quilómetros de Irkutsk próximo da Mongólia registou forte alteração do campo magnético. A explosão foi seguida por um forte sismo e com a manifestação de fenómenos atmosféricos, a formação de estranhas nuvens intensas e anormais, auroras boreais e curiosos halos solares que duraram semanas.
No dia 4 de Julho daquele ano o Times publicou a notícia de uma estranha claridade das noites, podia-se ler perfeitamente, sem auxílio de luz artificial. Isto ocorreu em Paris, Moscovo e Berlim. Em Londres chegou-se a imaginar que parte da cidade estava em chamas, tal era a claridade.
Ben-Menahem (1975) fez uma análise detalhada destes registos sísmicos e derivou uma energia explosiva de 12.5 Mton. Outras análises sugeriram um valor de energia na gama de 10-20 Mton. Ben-Menahem também concluiu que os dados na fonte de energia são consistentes com uma explosão a uma altura de cerca de 8.5 km.
A explosão aconteceu a 0h 14' 28'' e devastou aproximadamente 2.150 quilómetros quadrados de floresta siberiana, e derrubou mais de 60 milhões de árvores. O epicentro da explosão foi localizado a 60º 53' 09'' N e 101º 53' 40'' E, próximo do rio Tunguska. Durante os últimos 100 anos este evento catastrófico inspirou uma grande quantidade de investigações científicas. Apesar de muitos achados interessantes, há ainda perguntas por responder e inconsistências entre as teorias e os dados disponíveis.
Um meteoro? Estranha-se que em Tunguska não se encontrou vestígios de cratera, como na lua, e no Arizona. Seria então um cometa? No final de 1976 o cientista russo Vladimir Stulov e Georgi Petrov, defenderam esta tese. Outras teorias interessantes foram defendidas como as do buraco negro ou mesmo uma partícula de anti-matéria.
De 20 de julho a 1 de agosto de 1991, a primeira expedição italiana, composto por M. Galli, G. Longo, S. Cecchini e R. Serra, entrou na Sibéria. Os investigadores italianos acharam várias partículas microscópicas em árvores que são restos do Corpo Cósmico de Tunguska (TCB). Depois de uma análise com microscópio de eléctron (SEM), eles acharam alguns elementos químicos que fortalecem a hipótese de poderem ser de um asteróide.
Entre os dias 14/30 de julho de 1999, uma segunda expedição italiana deslocou-se para Sibéria com intuito de achar dados científicos que permitissem dar uma certeza razoável sobre este evento.
O Programa Terceiro Milénio, de Jaime Maussan, apresentou uma entrevista com uma testemunha que presenciou o facto. Trata-se de Svetlana Polonov, que na época, era uma menina de oito anos. Ela morava próximo a uma linha de comboio e viu algo inusitado, talvez esta seja a testemunha mais importante de Tunguska.
Ela recorda o que ocorreu naquela tenebrosa manhã:
-Estava com o meu pai, jamais duvidarei que vi algo parecido com uma chaminé arredondada, estava de lado, com uma enorme bola de fogo, (possível defeito?) e recordo que no princípio descia, mas subiu um pouco por um momento, estou completamente segura que havia mudado de direcção. Dirigiu-se para trás de um morro e em seguida explodiu.( Pode-se notar pelas palavras de Svetlana Polonov , que ela descreve uma possível nave tipo charuto (nave mãe) Consta que após a explosão diversos objetos (OVNIS) foram avistados, como que procurando pela nave que explodira. Na minha opinião este depoimento é importante, jogando por terra quaisquer outras teorias como as de cometas, asteróides, etc. Asteróides não mudam de rota no sentido ascendente. Do material que eu colectei de diversas fontes, o de Svetlana parece ser o mais sério, não acreditando que esta camponesa pudesse passar por uma refinada mentirosa, visto não possuir conhecimentos sobre ufologia ou ciência.
Outro facto extremamente surpreendente indica que as evidências que foram recolhidas por cientistas russos que efectuaram a primeira investigação no local do incidente, foram confiscadas de imediato e sem explicação alguma por oficiais do Ministério de Segurança do Estado, conhecido depois como KGB. O assunto recebeu uma alta classificação de secretismo do governo russo. Surge a possibilidade que o mesmo tenha efectuado uma severa operação de cobertura dos acontecimentos. Recentes declarações efectuadas por um oficial do Serviço Secreto Russo da KGB indicam que os restos do objeto que caiu em Tunguska foram confiscados por ordem de Estaline e depositados secretamente numa base militar na Sibéria Central.
Há anos, o coronel Anatole Kustnemenov que assumia a divisão Siberiana da KGB, fez declarações públicas surpreendentes que em Tunguska acidentou-se um veículo de origem extraterrestre, e que o governo de Moscovo encobriu os factos. Parece que as conclusões de militares e cientistas russos que estudaram as evidências recolhidas em Tunguska determinaram oficialmente já há décadas, que a tremenda explosão de 1908 foi provocada por um veículo voador de origem extraterrestre, que perdeu o controle antes de se fragmentar em mil pedaços. A história foi de imediato encoberta, tal como depois ocorreria em Roswell.
Depois de planeá-la durante vários anos, Kulik partiu em 1927 numa expedição destinada a alcançar o local da queda. Da cidade ferroviária de Taichet, Kulik e a sua equipa percorreram 600 quilómetros de floresta, uma planície gelada, por meio de trenós puxados por cavalos, até atingir Vanavara. Nessa cidade, ouviram as incríveis histórias dos seus habitantes, que confirmaram a crença de Kulik de que estavam na trilha de um meteorito de uma dimensão realmente gigantesca. É importante salientar que os habitantes da região não falavam o russo, e os russos não falavam tungu. Era necessário utilizar intérpretes.Um súbito nevão impediu o avanço da caravana por uma semana. A 8 de abril, Kulik, um colega e um guia local seguiram a cavalo para a última etapa da viagem. Marcharam para o norte, atravessando um cenário de devastação impressionante: carvalhos e pinheiros atirados ao solo, de onde haviam sido arrancados pelas raízes dezanove anos antes, pela força do impacto.





Muitas árvores haviam sido chamuscadas ou mesmo queimadas pelo calor intenso que fora sentido em Vanavara. Observando de uma colina a área da explosão, Kulik escreveu: "Do nosso ponto de observação, não se vê sinal da floresta, pois tudo foi devastado e queimado, e, em torno dessa área morta, a jovem floresta de vinte anos cresceu furiosamente, procurando o sol e a vida. É inquietante ver árvores de 30 centímetros de diâmetro partidas como gravetos, com os troncos atirados vários metros em direcção ao sul". Não havia sinal da grande cratera que ele esperava encontrar. Em lugar disso, deparou-se com um pântano gelado, e algumas árvores que, apesar de estarem no centro da explosão, haviam escapado ao efeito do impacto que derrubara tudo ao redor. O que quer que houvesse causado aquela explosão não havia tocado o solo. Mesmo voltando à região com expedições maiores nos anos seguintes, Kulik jamais encontrou um só fragmento de ferro meteórico. Mas, então, se a explosão de Tunguska não fora causada pelo impacto de um meteorito de ferro, qual seria sua causa? Em 1930, o meteorologista inglês Francis J. W. Whipple, director assistente do Departamento de Meteorologia da Inglaterra, supôs que o evento tivesse sido causado pela colisão de um pequeno cometa com a Terra, sugestão que foi aceite pelo astrónomo soviético A.S. Astapovitch. Mas os críticos dessa teoria objectam que nenhum cometa havia sido visto nos céus antes da explosão em Tunguska. A região de Tunguska é formada por pântanos gelados e espessas florestas e de difícil acesso.
Kulik teve problemas nesta expedição, pois todos os homens que levou abandonaram-no depois de alguns meses, e voltaram para Vanavara, doentes e esgotados.
Apenas um corajoso guia permaneceu ao lado de Kulik. No ano de 1927 com a saúde abalada, teve que retornar frustrado para Vanavara com a certeza de ter encontrado os elementos para complementar os seus estudos.
Em 1928 Kulik volta com nova equipa. Examinando o local, onde pôde examinar troncos tombados, convenceu-se que ali teria caído um objecto que provocara a explosão.Procurou na terra fragmentos para análise.
Estranhou, por nada ter encontrado. Mesmo assim manteve a sua teoria.
Se o objeto de Tunguska fosse um asteróide ou meteorito, feito portanto de ferro e rocha, ou os fragmentos existem e não foram encontrados pelas expedições científicas soviéticas ou então, o objecto que veio pulverizou-se completamente na explosão.

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